segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Despedida

Deixar a arte jamais... Mas deixar a dança, é chegado o momento.

Irei manter apenas atividades de união com as alunas/amigas.

Despeço-me.

Teria muito a dizer e contar, mas é proibido dizer verdades nessa seara. Portanto me vou, pois como diz meu amigo, sou muito "troo" pra viver assim...

domingo, 5 de maio de 2013

Mapa do Tribal Fusion no Brasil

Um GRANDE trabalho de mapeamento do TF no país. Excelentíssimo e realizado por pessoas muito queridas, apreciem:

http://mapeandotribalnobrasil.blogspot.com.br/

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Filhas Da Lua na TV!

Pessoal, meu grupo esteve na gravação do programa Ricardo Noronha Show ontem! Foi tudo muito legal. Adorei gravar. O programa vai ao ar ainda, então quem quiser conferir, é só acompanhar a transmissão pela Rede TV, nesse domingo, a partir de 14h30.

E não deixem de acompanhar o blog das Filhas Da Lua. Teremos novidades e mais novidades vindo por aí:


E o meu vídeo do hafla no Shaman's Fest II, quem já viu?? Postei já... ;)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

terça-feira, 21 de agosto de 2012

A Arte do Improviso

Entre várias definições e categorizações, podemos distinguir em duas linhas a forma de dançar: coreografada e improvisada. Nenhuma é melhor que a outra, elas são diferentes, com motivações diferentes e com processos diferentes. Ambas porém, requerem estudo, treino, lapidação.

Resolvi falar sobre isso porque é um assunto que me envolve bastante. Eu já dancei e claro, ainda danço, das duas formas, mas tenho preferência por uma delas. Essa diferenciação sempre me causou incômodo, até que entendi que todo processo de elaboração presente em uma apresentação de dança é possível, válido e de qualidade. Com isso, quero dar a entender que as duas formas, improviso e coreografia são processos de mesma qualidade, com diferentes vantagens e desvantagens.

No evento recente que estive, o Shaman's Fest II, tive claras evidências de como essas coisas caminham, e vou dividir minha experiência.

Eu coreografo principalmente para minhas alunas, para espetáculos em teatros, onde precisamos trabalhar mais do que movimentos corporais, mas sim a ocupação do espaço e a movimentação entre-corpos. O processo coreográfico nesse caso é essencial para que haja beleza visual, pois um grupo de pessoas precisam de um ordenamento anterior ao palco a fim de alcançar essa ocupação espacial e movimentação entre si de maneira satisfatória. Então aqui, a coreografia mostra vantagens.

Mas e quando você tem uma coreografia feita para ocupar um certo espaço e tem a oportunidade de dançar em um lugar com espaço muito menor? O que fazer? Adaptar a coreografia é uma possibilidade. No lugar de fazer aquele giro que nos faria parar lá na outra ponta do palco, fazemos giros no eixo. E o que é isso senão improvisar...

Mas, alto lá, há duas significações bem distintas para improviso na dança. Improvisar é encontrar uma solução rápida, não necessariamente a melhor, para resolver uma situação ou problema inesperado. Como uma mudança no giro para não dar de cara com a parede como o exemplo acima.

Outra coisa é o que chamo de "arte do improviso". Nessa significação não estamos resolvendo algo em cima da hora, ou "dando um jeitinho" numa coisa que poderia dar errado ou não foi bem programada. Não. A arte do improviso envolve todo um processo para conseguir dançar uma música com beleza e qualidade, porém sem coreografia prévia, sem uma sequência fixa de movimentos preestabelecidos.

A metodologia para fazer um bom improviso segundo essa significação é individual, mas conversando com pessoas que trabalham assim, descobri pontos em comum: ouvir muitas e muitas e muitas vezes a música selecionada e estabelecer pontos específicos (mudanças de ritmo, clímax, início, fim, etc) para dar coesão e significação ao processo improvisacional.

Há ainda muitas outras ferramentas para tratar o processo de improviso, mas não é esse o foco desse texto.

No Shaman's Fest II levei uma música para dançar no Hafla, que foi realizado em uma pousada. Como eu nunca tinha estado lá antes, não tinha a menor ideia de como era o espaço e me deparei com o seguinte: um pequeno palco de madeira (bem velhinho e surrado pelo tempo) de forma triangular encostado na parede como uma cantoneira da altura de um degrau de escada (ou pouco mais). Ao fundo havia algumas hastes de madeira amontoadas e ao lado uma árvore cujos galhos baixos faziam uma interessante moldura. O chão era de pedras. Pedras grandes, rugosas e desniveladas. Ao lado da árvore ficava o bar e cercando o espaço para as apresentações ficavam outras árvores e mesas e cadeiras. Ou seja, um grande desafio. A primeira coisa que pensei foi em usar a árvore ao lado do palco como parte da apresentação, interagindo com ela. Mas logo que comecei a dançar, bati o braço (eu acho) no amontoado de hastes de madeira, e isso me desconcentrou, acabei esquecendo da árvore. Também, assim que vi a estrutura do espaço reservado para apresentação, percebi que precisaria usar os dois níveis, o pequeno palco e o chão, pois não conseguiria trabalhar a extensão usual dos meus movimentos em apenas um deles. Fiz algumas adaptações (improviso sentido número 1) dentro do que eu tinha trabalhado, por conta do ambiente. Então, nesse caso, eu fiz os dois improvisos: a adaptação emergencial e o trabalho estruturado para dançar sem coreografia.

Um pouco depois resolvi dançar outra música, que gosto, já havia dançado antes, mas não havia me preparado para apresentá-la. Qual não foi minha surpresa... Foi horrível. Apesar de receber inúmeros elogios nas duas apresentações, sei a diferença de qualidade entre elas. Sinto isso e o público sente também.

Lembro-me quando após a segunda apresentação uma colega da cia. Shaman perguntou surpresa "você nasceu no palco, né?", então eu disse que não, que dançava a pouco tempo, mas ela, ainda perplexa, concluiu com alguns elogios e disse que eu tinha facilidade e parecia me sentir muito à vontade ali. Agradeci e de alguma forma a conversa rumou para o fato de eu não ter coreografado aquelas apresentações, ter dançado em improviso. Nesse instante minha colega e todas as demais que estavam perto, compartilhando da conversa, ficaram ainda mais impressionadas. Claro que fiquei super emocionada, feliz, grata e sei lá mais o quê.

Mais tarde, já fora do "calor do momento", refleti sobre tudo isso e entendi que a arte do improviso requer técnica, trabalho, estudo e todo o processo de criação de uma dança, que é algo de qualidade, que é belo e que pode impressionar.

Por isso, e por toda uma experiência de vida que não cabe em um post, entendo as duas significações do improviso e, apaixonada, seguirei meu trabalho de especializar e aperfeiçoar a Arte do Improviso.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A História das Espadas

Então, sobre o uso da espada, como eu falei em sala de aula. Vou colocar dois vídeos aqui e discutiremos eles em aula, então assistam:



E uma coreografia em grupo pra sentir a diferença:


A espada é um elemento muito bonito mas muito traiçoeiro. Pode dar beleza à sua dança, mas pode tirar a beleza também...
Pra quem não experimentou a espada na aula porque faltou nos dias que eu levei, terão oportunidade novamente em nosso pequeno hafla.

A história da dança com a espada é tão incerta quanto a da dança do ventre em si. As referências históricas são escassas e em sua maior parte não documentadas oficialmente. O maior ícone da existência dessa dança é uma pintura de Jean-Léon Gérôme, um artista francês que esteve no Egito e pintou vários quadros que retratam a cultura da época. Gérôme pintou um quadro chamado "Sabre Dance in a Cafe", esse logo abaixo:


Muita informação pode ser extraída dessa pintura, mas não sou historiadora e não me arriscaria a fazer um estudo acerca da veracidade dos costumes da época aí expostos. 

Além disso, existe a história recente do uso da espada na dança do ventre no Egito, mais precisamente no Cairo, contada pela Asmahan. Ela conta como criou uma "rotina" (performance) utilizando espadas e foi a primeira dançarina a fazê-lo no Cairo em nossa época contemporânea. A história da pesquisa e das influências que levaram Asmahan a criar a dança com espadas conhecida hoje esta nesse link: Sword Dance by Asmahan. É em inglês, mas google translator nele! ;)

Não há como saber se alguns dos movimentos que usamos modernamente são representação fiel de como já foi um dia. Não há como saber onde começou, como começou, em quais regiões do oriente havia mulheres dançando com a espada equilibrada no corpo... enfim. 

Encontrei também uma descrição cultural do uso da espada aqui: http://www.tribal-bellydance.be/tunesian-dances.html

Segue o trecho em inglês: 
"Dancing with swords is an ancient skill in North-Africa. Especially bedouin dancers of the sahara used to do it as a sing of the women that they carry the honour of their husband. Some tribes had sword dancers at their wedding to bring good luck. A few paintings and engravings of the french artist Jean-Léon Gérôme (who stayed in Egypt in the 18 th century) show sword dancers balancing an sabre on their head. Sword dancing - in arabic called Raqs al Saïf - is widely spread in Turkey, the Middle East as well as Pakistan-India (remember the sword dance in the movie Qurbani?) and Iran (Shamshir-bazi).
According to tradition the woman who dances with a sword on her head carries the honour of her husband. She is untouchable by other men. In fact this ritual dance also had consequenses. A married female sworddancer who was unfaithful to her husband, would loose also her dance soul. Or in other words, she would loose everything, including her dancing skills."
"...De acordo com a tradição, a mulher que dança com a espada na cabeça carrega a honra do seu esposo. Ela é intocável a outros homens..."
Além disso tudo, achei essa imagem de um pintor chamado Paul Jovanovich (1859-1957). Não encontrei a data da pintura, mas o quadro chama-se "The Sword Dance".
E finalizando essa história toda, dançar com espadas é algo de várias culturas, de várias regiões, em diferentes épocas e com distintas tradições e motivações. A wikipedia tem uma abordagem sucinta do uso da espada na dança em diversas culturas: http://en.wikipedia.org/wiki/Sword_dance. Mais uma vez, o material é em inglês. Foi mal, mas não é culpa minha...
Bom, basicamente é isso. Um pouco de história, um pouco de magia, um pouco de mistério.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Vídeos, aula, vídeos...

Pras alunas queridas...

Meninas, eu sempre comento sobre mil coisas em sala de aula e fico de mostrar algumas coisas pra vcs. Algumas coisas eu mostro na aula mesmo, mas outras é legal postar aqui por motivo de estudo e arquivo.

O famoso ATS que eu vivo falando em sala de aula:





Agora os dois vídeos que eu gosto de mostrar a título de ilustrar onde pode ir o Tribal Fusion:
(esses são os vídeos que eu falo que tem que assistir todos os dias de manhã depois de acordar =)





Então, isso é pra dar uma ideia das diferenças entre o ATS e o Tribal Fusion, e tbm as semelhanças entre essas danças neh! Dos vídeos de Tribal, claro que esses dois dão só um gostinho do rol de possibilidades, mas como eles exploram vertentes bem distintas, eu gosto de usar de forma ilustrativa.

Em breve eu vou postar um pouco da história do Tribal Fusion, que eu sempre conto resumidamente pra vcs na aula. Calma, já já eu posto.

Bom, isso é um pouco do que eu prometi. Sei que a maioria de vcs está cansada de ver esses vídeos, mas eles são bons para estudo. E meninas do ventre, eu não esqueci vcs. Vou fazer um post dedicado exclusivamente ao ventre, sem tribal. Já já. Sei que vão gostar. Daqui a pouco a tia volta, bjs! =D